sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Standard & Poor's e o rebaixamento da nota do Brasil. O que isso quer dizer?

Um dos principais temas do dia nos noticiários foi o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's. Se você não faz a menor ideia do que isso significa, esse post é pra você. Vejamos: 

1 - O que é a Standard & Poor's? 

A Standard & Poor's é hoje uma das maiores agências de rating do mundo, figurando ao lado de agências como a Fitch e Moody's. Essas agências classificam o risco de investimento em países e empresas através de siglas. Cada uma adota suas siglas. No caso da Standard & Poor's, seria: AAA (Nota máxima, Excelente), BBB (Muito bom), e por ai vai, algo semelhante às notas nas escolas americanas. A do Brasil, que era BBB+ (Muito bom) até ontem cedo, foi para BBB- (Bom).

2 - O que isso significa de fato?

Em tese, as notas dadas por essas agências refletem a SAÚDE FINANCEIRA de um país ou empresa. Se a nota é alta, investir no país é algo seguro. Por outro lado, quanto mais baixa a nota, maior é o risco do investimento. A queda da nota influencia diretamente em dois pontos: 1 - Provoca uma queda dos investimentos no país, afinal, se o risco ficou maior, por que irei investir mais do que antes? 2 - Aumento do SPREAD, que é a diferença entre a compra e a venda de um ativo. Isso prejudica, sobretudo, a concessão de financiamentos/ empréstimos, pois as taxas de juros ficam maiores.

3 - Por que a notícia repercutiu tanto na mídia?

Esse tipo de notícia seria destaque em qualquer país do mundo dada sua relevância, porém, no Brasil há uma peculiaridade que causa maior espanto com a notícia. Afinal, nos últimos anos o Brasil vinha sendo notícia mundo afora como um dos países com maior potencial de crescimento no mundo, mas nos últimos meses o que vimos foi um cenário completamente diferente, o país que antes era sinônimo de crescimento, hoje amarga uma grande freada no crescimento do PIB, além de um constante crescimento dos custos com o setor público, aumento do déficit da balança comercial, além de inúmeros outros problemas que deram ao Brasil no exterior o carinhoso apelido de: "o país que estragou tudo". Infelizmente é isso, o país que apresentava ter tudo para explodir em crescimento começa a cambalear, o dólar alto é um sinal do que já não se via há alguns anos. A inflação está altíssima. E o cenário é favorável ao pior. Infelizmente, é isso. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Exportar apenas commodities pode enriquecer, mas não desenvolver.

O Brasil encontra-se atualmente em uma posição de destaque no cenário internacional, teremos a Copa em 2014, as Olimpíadas em 2016 e estamos vivenciando um "BOOM" econômico (pelo menos é o que dizem). Tudo isso atrai olhares, principalmente de estrangeiros, quando estive na Itália pela última vez sempre me questionavam interessados sobre o bom momento do país, nos Estados Unidos, a mesma coisa, foi assim que percebi que há uma visão equivocada do estrangeiro com relação ao Brasil e para piorar, por incrível que pareça, conseguiram colocar também na cabeça do brasileiro que ele de fato vive em uma potência. Bem, pode até ser, depende do ponto de vista, mas chega de blá blá blá e vou explicar por que dificilmente o Brasil se tornará de fato um país de primeiro mundo, um país desenvolvido, mesmo estando entre os mais ricos...
A economia brasileira possui um grande eixo, que é a exportação de commodities, que são matérias primas usadas nos mais diversos setores, sobretudo, na alimentação animal e humana, tais como: soja, carne, trigo, algodão, café, minério de ferro, etc, e que são exportados principalmente para a China, nossa maior compradora, podemos salientar ainda que devido a menor demanda na Europa e nos EUA, a China necessitou de menos matéria prima no primeiro trimestre de 2012, resultando em uma queda de 7,3 % no setor agropecuário brasileiro nos primeiros três meses do ano o que "propiciou" uma tímida alta do  PIB de apenas 0,2% surpreendendo até mesmo os mais pessimistas. Isso deixa claro o quão o Brasil é dependente da exportação de commodities, e, através dos exemplos abaixo quero deixar claro um dos principais freios do Brasil rumo ao desenvolvimento.

Tomemos como exemplo a exportação de uma produção de soja para nosso maior comprador, a China. Imagine desde que o produtor iniciou o plantio da soja, fazendo o uso de pesadas máquinas agrícolas, depois vieram o inseticidas para combater as pragas e ervas daninhas, depois a colheita também mecanizada, em seguida, o transporte para o porto em grandes carretas, percebam que apesar de ser um processo que envolve uma grande quantidade de produto, no caso a soja, é um processo extremamente mecanizado, que depende de poucos trabalhadores desde o plantio até o porto onde será embarcada em navios para a China. Esse é o grande problema do país que tem sua base na exportação de commodities, apesar da enorme quantidade de dinheiro e mercadorias que gira, há uma empregabilidade mínima de mão de obra humana e a maioria absoluta desse capital vai para as mãos de meia dúzia de latifundiários e do governo. Temos ai o primeiro ingrediente de como NÃO construir uma país desenvolvido: A concentração de renda.

Agora, para facilitar o contraste, citarei um segundo exemplo, vamos imaginar uma indústria manufatureira que produza calçados de couro. Imagine desde o cortume onde o couro foi preparado, o transporte até a indústria, a costura do couro, a fixação da sola no calçado, a fabricação das embalagens, o transporte até os revendedores e por último os vendedores que serão necessários para repassar esse produto ao consumidor final. Pronto, tenho certeza que conseguem visualizar uma quantidade muito maior de trabalhadores empregados, uma melhor distribuição de renda, dessa forma mais pessoas estão empregadas e gerando renda, ao contrário do que ocorre com exportações de commodities.
Porém, o Brasil não consegue ser competitivo em mercados como citado no segundo exemplo, pois conta com uma alta carga tributária, uma das maiores do mundo, conta também com uma precária infraestrutura, o que encarece o transporte das mercadorias, tudo isso resultará em um alto custo para o consumidor final, tirando a competitividade do produto no mercado internacional e, às vezes, até mesmo no nacional.
Por essas e por outras é que temos um país que, apesar de ser a 6ª maior economia do mundo, está em posições alarmantes em rankings que verificam a qualidade da educação, saúde e de forma geral o IDH.
É importante deixar claro que a exportação de commodities não são um problema, pelo contrário, são uma das principais riquezas do nosso país, porém, o Brasil deve procurar se promover também em mercados que gerem maior distribuição de renda e empregabilidade, mas isso não se faz do dia pra noite, é preciso uma drástica reforma fiscal, que reduza os custos de produção, investimentos em infraestrutura e mão de obra qualificada e, não menos importante, uma grande revisão (leia-se: redução) na "burrocracia" brasileira, caso contrário, continuaremos sempre sendo como hoje, um país com muito dinheiro, porém, nas mãos de poucos, que está sempre entre os primeiros no ranking dos mais ricos, mas que estará sempre atrás em qualidade de vida, saúde, educação, competitividade e liberdade de mercado. A Dilma diz que país rico é país sem pobreza, eu diria que: País rico é país desenvolvido.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mais rapidez e segurança para seu computador.


É notável que após alguns meses de uso aquele seu Windows que após a formatação era rápido vai se tornando cada vez mais lento. O que muitos não levam em conta é que como um carro que roda todos os dias, o Windows também necessita de manutenções para se manter estável e eficiente e, sobretudo, seguro. A intenção desse tópico é demonstrar alguns passos úteis para apagar cachê, chaves de registros desnecessárias, enfim, remover conteúdo desnecessário e procurar deixar o pc mais rápido e também dicas para deixar seu computador protegido e longe dos ataques de hackers. . 

Primeiro passo: A primeira indicação é de manter sempre atualizados os softwares e drivers do seu equipamento, principalmente programas como os Navegadores, Flash Player, Java, etc e as atualizações do Windows Update, excluindo-se as atualizações como a KB971033 (atualização anti pirataria) e as de pacotes de idiomas que são dispensáveis, todas as demais são uma boa pedida de atualização, principalmente em termos de segurança. Também, vale lembrar que a BIOS atualizada é sempre uma boa, pois visa corrigir problemas de comunicação entre hardware e software, porém, tenha cuidado, certificando-se de que é a BIOS correta para seu equipamento e sistema operacional e de fazer o procedimento de atualização conectado a bateria e a tomada para evitar que uma possível queda de energia corrompa a instalação. 

Segundo passo:  Segue lista de alguns programas que eu uso há anos e que sempre trazem bons resultados para o sistema, vocês podem conferir a descrição de como usá-los nos respectivos links do Baixaki: 

Advanced System Care -    Faça uma limpeza geral no sistema com este excelente programa. 


Avira Antivir (p.s: Nunca utilize 2 anti vírus simultâneamente, além de gerar conflito, vai deixar seu pc bem lento. Recomendo o Avira pois sempre é um software que fica entre os primeiros nos testes de segurança, caso você discorde, utilize o de sua preferência).

Spybot    (Instale as atualizações antes de utiliza-lo, se faz necessário fechar todos os navegadores durante o scanner para resultados mais precisos). 

Bankerfix  Fácil e leve remove os bankers que criminosos utilizam para roubar senhas e também aquelas mensagens automáticas do msn. 
                

Revo Uninstaller (muito mais eficiente do que o desinstalador do Windows, remove todas as entradas dos programas que deseja desinstalar, excluindo pastas e outros arquivos que o windows não exclui). 

Por último, deixo aqui um link do atualizador automático de softwares da Intel, para acessá-lo CLIQUE AQUI. 

P.s: Digite msconfig no menu iniciar do windows e em inicialização de programas, desative programas que não são essenciais para o funcionamento, no meu note por exemplo, há apenas 4 ativados: Bluetooth, touchpad, digital persona e Hp media smart menu. Isso faz com que menos programas carreguem com o sistema, deixando-o mais leve. (no meu caso, por ter conhecimento na área de segurança da informação, não utilizo anti vírus, fazendo apenas um scanner a cada 3 meses por precaução, mas que geralmente não detecta nada, digo que o sistema fica BEM mais rápido sem anti vírus, mas não recomendo que usuários que não tenham muito conhecimento na área façam o mesmo). 

Por último, é válido lembrar que utilizem senhas seguras, contendo letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos. Também é importante que as senhas sejam sempre diferentes, pois em caso de senhas iguais, quando um hacker descobre a senha do Facebook por exemplo, ele consegue a ter acesso à outros meios como o e-mail o que pode dificultar a recuperação da conta. Faça também a troca da senha a cada 90 dias, isso reduz bastante o risco de que sua senha que pode estar salva em um banco de dados seja utilizada por um hacker no futuro. 

No mais, depois desses procedimentos, seu pc estará mais rápido e com certeza bem mais seguro do que antes. 

Espero ter ajudado.

Até a próxima com qualquer assunto aleatório. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Como assim: "Salvem o planeta?"

Ser humano e seu falso discurso de querer "proteger" a Natureza. O raciocínio é simples, analisando de acordo com a pior das hipóteses. Veja bem:

O ser humano destrói a tal ponto que "a coisa" se torna insustentável > inicia-se a escassez de água, alimentos, aquecimento global, etc > opções > racionamento, medidas sustentáveis ou ignorar > caso seja ignorado > risco à espécie > caso extremo > extinção da espécie > não há mais ser humanos na Terra > A terra em um processo natural se recupera e volta ao seu perfeito estado de "saúde" > nós não estaremos mais aqui. Entendeu o ciclo ??

Seja sincero, o que o homem quer é apenas um lugar limpo e habitável para viver.

sábado, 5 de maio de 2012

Nunca mais esqueça o que é inflação.

Recorda-se que quando criança com 1 real você conseguia comprar 1 litro de leite e alguns pãezinhos? Hoje certamente você não consegue mais tal proeza, sabe porque? Culpa da inflação! A inflação reduz o poder de compra da moeda, de tal forma que precisamos de cada vez mais dinheiro para comprar um mesmo produto. Por isso, hoje você precisa de mais do que 1 real para comprar apenas o referido litro de leite. Mas como e porque ocorre a inflação? Eu explico pra vocês! 
Comecemos com o seguinte exemplo:

"Um litro de água no Brasil custa muito pouco, e há um motivo principal para que esta água custe tão pouco, a sua abundância, ou seja, quanto maior a quantidade de um produto, menos valorizado este se torna. Agora, imagine esse mesmo litro d´água sendo vendido no meio do deserto do Saara, certamente, este seria incrivelmente valioso, pois seria escasso, logo, seguindo as leis de mercado, quanto mais escasso é um produto ou mercadoria, mais valioso este se torna, isso explica por que 1kg de ouro é infinitamente mais valioso que 1litro de água aqui para nós, mas talvez não seria para um viajante que se encontra perdido a beira  da morte por desidratação no referido deserto, afinal, a escassa e valiosa água que poderá salvar sua vida ou o ouro?"

O mesmo exemplo acima se aplica ao dinheiro, quanto mais dinheiro existir no mercado, menos ele valerá. Com o crescimento constante da Economia, o Banco Central injeta cada vez mais moeda (Real) no mercado, afinal, um país mais rico, terá mais dinheiro, sem falar no dinheirinho extra que também é injetado, esse dinheiro não surge do nada, ele precisa ser impresso pela Casa da Moeda, e assim é lançado a cada ano mais e mais moeda no mercado, aumentando a disponibilidade de dinheiro que como no exemplo da água, passará  a ser menos valioso. Por isso, hoje, para comprar 1 litro de leite e alguns pãezinhos, gasta-se bem mais do que 10 anos atrás, pois como a quantidade de dinheiro disponível é maior, ele passa a valer cada vez menos (inflação).

Você já deve ter escutado alguém perguntar: "Por que o Brasil não fabrica mais moeda quando precisa de dinheiro?"

A resposta é simples, se essa impressão descontrolada de moeda ocorresse, o dinheiro perderia radicalmente seu valor, e do que adiantaria ter tanto dinheiro, se para comprar o mesmo litro de leite e pão você precisaria levar um carrinho de mão cheio de dinheiro?
Uma economia saudável cresce porque o volume de mercadorias fabricadas e a quantidade de dinheiro aumentam juntos e não por que o governo imprime dinheiro ao seu bel prazer. 
Imagine por exemplo (exemplo bobo, diga-se de passagem) uma cidade em que o botijão de gás custe 10 reais e o Prefeito oferece uma ajuda de 10 reais a cada trabalhador para ajudá-los a comprar o gás, se o Prefeito resolve dobrar essa ajuda para 20 reais, os trabalhadores por um curto prazo de tempo podem até pensar que tiveram um ganho real, mas logo os vendedores de gás irão entender que o povo está com mais dinheiro e assim aumentarão o preço do gás e os 10 reais não mais serão suficiente para pagar um botijão de gás, inflação novamente! 

Me vem à mente como exemplo clássico o aumento de salário, visto por muitos como um ganho real (o que só ocorre quando esse aumento é acima da inflação) nada mais é do que uma indexação/reposição do que a inflação correu durante o último ano.

Cito aqui uma frase de minha autoria em que digo:

"O aumento de salário é uma droga com efeitos alucinógenos utilizada no "tratamento" da inflação, cujo principal efeito colateral é fazer as pessoas pensarem que DE FATO estão ganhando mais do que no último ano."

Perceba então que mais dinheiro no mercado só é saudável quando esse crescimento possui um lastro, seja baseado em algum crescimento como o crescimento das exportações, no mais, impressão de dinheiro sem qualquer lastro só derruba o poder de compra do trabalhador, queimando pouco a pouco nosso dinheiro.

Agora você já sabe o que é inflação, e sempre que alguém perguntar saberá responder: "É a desvalorização do dinheiro, a redução do poder de compra da moeda que faz com que você necessite de mais dinheiro para comprar um mesmo produto/mercadoria". Aprendeu também por que o governo não pode simplesmente sair imprimindo moeda para pagar suas contas, pois quanto mais dinheiro houver, menos valerá e não adianta ter um salário de 10 mil reais, se uma caixa de leite custar 300 reais.

Um abraço à todos vocês e até a próxima com qualquer assunto aleatório por ai.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Esclarecimentos básicos sobre a alta do dólar e a ambição da Presidente Dilma para o crescimento brasileiro em 2012.

Devem ter visto ai pelos noticiários que ultimamente, o governo através do BC tenta controlar o mercado financeiro brasileiro como "nunca antes na história desse país", é um baixa juros aqui, aumento de IOF sobre capitação estrangeira ali, compra de dólares aculá, e por ai vai. O que muitos se perguntam é: O que significa isso?
Bem, vamos lá! Alguns pontos básicos (bem básicos mesmo):

1. O mercado internacional é movimentado com base no dólar, tudo o que se importa ou exporta é negociado em dólar. 


2. Quanto MAIS dólar tenho no mercado, MENOS ele irá valer (inflação do dólar), quanto MENOS tenho, MAIS irá valer (deflação do dólar). 


3. Atualmente a Europa vive sua maior crise financeira desde a Segunda Guerra, junte ai os EUA que por sua vez também sofre com uma alta taxa de desemprego e com o baixo crescimento, tudo isso deu origem a denominada "Crise dos países desenvolvidos". 

Os dois primeiros pontos são apenas para fins didáticos, já o que está gerando caroços no angu brasileiro é o ponto 3, afinal, os nossos maiores compradores estão com "problemas financeiros". E o que ocorre quando seus maiores compradores estão em crise? Obviamente, você venderá menos! Vendendo menos, temos uma desaceleração da produção, afinal, porque produzir na mesma quantidade, se não teremos para quem vender? É ai que a história das taxas "começam" (nesse ano, pelo menos). O governo havia estipulado para 2012 um crescimento do PIB de cerca de 3 a 4%, porém, com a saída dos resultados do primeiro trimestre deste ano, caíram na real  de que esta é uma meta praticamente impossível de se alcançar, e o que antes era um piso (mínimo a ser alcançado), agora passou a ser um teto (máximo), ou seja, segundo as novas previsões o PIB brasileiro crescerá no máximo 3% em 2012.
Mas ai a Dilma pensou: "Ei, isso não vai ficar bem pra mim! Eu prometi maior crescimento! Então, vamos por a mão na massa!". 
E contrariando todas as leis de livre mercado começou primeiramente aumentando o IOF sobre capitações estrangeiras (dinheiro que entra no Brasil) para tentar conter o "tsunami monetário" resultado principalmente das altas taxas de juros pagas no Brasil, que aliadas com a indexação inflacionaria do real (inflação essa bem maior do que a que atingirá o investidor estrangeiro em seu país) e aliado também ao mal momento do mercado internacional gera no mercado brasileiro um cenário bastante rentável e atrativo a estes investidores, puxando rios de moeda estrangeira para o Brasil e jogando o real lá pra cima, então, o aumento do IOF é uma forma de dizer aos investidores: "Parem de jogar dinheiro aqui! Agora vocês vão lucrar um pouco menos!!", o que resulta numa redução da entrada de moeda estrangeira no Brasil, logo, entrando menos capital estrangeiro, lembram da regrinha? (menos dólar, mais ele vale), então, entrando menos dólar, ele valerá mais, logo, o comprador (EUA por exemplo) com uma moeda mais forte conseguirá comprar mais do que com uma moeda fraca, esquentando as exportações brasileiras, vale lembrar também que visando "jogar o dólar pra cima" o BC entra diariamente comprando dólares no mercado para diminuir a quantidade deste disponível. E veja no que essas medidas já resultaram, o dólar que no início do ano estava cotado por volta de R$1,70 já está em patamares não vistos desde Julho/2009, cotado a mais de R$1,92 e marchando rumo a barreira psicológica dos R$2,00 por dólar.
Nesse ano de 2012 também se fala muito em redução das taxas básicas de juros, que por sua vez, visam o mercado interno, mas qual a finalidade da redução dessas taxas? É uma só, em miúdos: METER dinheiro na mão do povo! Facilitação do crédito para fazer o povo comprar, movimentar a Economia, pois com juros mais baixos o brasileiro se encoraja mais facilmente aos empréstimos a sumir de vista, mas quem se importa! Queremos comprar! As filas para empréstimos nas agências da Caixa Econômica em grandes capitais estão enormes devido à redução da taxa básica de juros. O povo pega dinheiro (mesmo sem saber como vai pagar) e depois compra, ajudando a aquecer a economia, uma tentativa do governo de direcionar o que o mercado externo não consegue mais comprar para o mercado interno. Porém, isso gera um aumento do consumismo,e por sua vez, o consumismo exagerado tende a levar ao aumento dos preços, assim, as pessoas precisarão de mais dinheiro para comprar um mesmo produto, por exemplo, uma TV. Por isso o consumismo exagerado não é algo bom para economia, pois empurra a inflação para cima. Mas quem se importa? No momento essa é uma preocupação secundária do governo, o que a Dilma quer para 2012 é cumprir sua promessa de "crescimento" de 3 a 4%, não importa como. E as consequências? Fiquem tranquilos, podem ter certeza de que elas virão, sem dúvidas. Mas por enquanto, isso é um assunto para depois.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O mundo está mesmo pior?


Acho engraçado quando as pessoas dizem: "O mundo está terrível, muitas guerras, muitos desastres, doenças, crises econômicas etc..."

 Vamos à alguns poucos esclarecimentos: Todo processo "civilizatório" da humanidade foi marcado por guerras, desde as guerra com tacapes, guerras da "época da espada", passando pelas Cruzadas, 1ª e 2ª guerra, 2 bombas atômicas, guerra fria, guerras civis, guerras santas, ditaduras até a Primavera Árabe, isso para tocar em guerras de uma forma abrangente, pois seria impossível citar todas aqui, com base nisto, percebe-se que, atualmente, vivemos um dos períodos mais "calmos" da história em termos de guerras, basta estudar um pouco de história para confirmar isto. Com relação aos desastres naturais, eles sempre ocorreram, já tivemos diversas "eras do gelo", movimentos de placas tectônicas, tempestades solares, erupções vulcânicas, terremotos, maremotos, tornados, meteoritos, tsunamis, desertificação, etc, etc... A diferença é que agora as pessoas estão lá, o que faz com que muito mais pessoas morram do que morreriam com o mesmo evento no Séc. XVI por exemplo, sem falar na mídia que hoje nos possibilita saber desses acontecimentos mesmo estando a milhares de quilômetros, o que seria impossível até algumas décadas atrás. No que diz respeito às doenças, vivemos um período de enorme progresso na descoberta da cura de diversas doenças, quando não a cura, ao menos o tratamento que ofereça uma melhor qualidade de vida ao doente, como no caso das doenças crônicas. Hoje os doentes de hanseníase (leprosos dos tempos bíblicos) não precisam mais viver isolados em cavernas a espera da morte lenta enquanto seu corpo é totalmente desfigurado, também já tivemos pragas como a Gripe Espanhola e a Peste Negra que varreram boa parte da Europa nos últimos séculos, e hoje felizmente isso não ocorre mais, pois os avanços biomédicos chegaram a tal ponto que possuímos vacinas que são responsáveis pela erradicação de diversas doenças no mundo, citemos como exemplo a erradicação da Varíola e da Poliomelite no Brasil, e quando não ao erradicar, ao menos evitar que estas tomem proporções catastróficas como no caso da Peste Negra que varreu cerca de 1/3 da população da Europa na baixa idade média, o exemplo mais recente que podemos tomar como eficácia da vacinação na contenção de catástrofes foi o rápido desenvolvimento de uma vacina para combate da pandemia H1N1 (gripe suína) em 2009, o que seguramente salvou milhares de vidas pelo planeta. Falemos por último, sobre as crises econômicas, como sabem, em 29 a quebra da bolsa de NY, fez uma boa corja de acionistas "brincarem" de saltar das janelas dos prédios ao verem todos seus investimentos desparecerem da noite para o dia, grande depressão essa, que em efeito dominó deu início a crise do café no Brasil onde durante algumas semanas toneladas e toneladas de café foram queimadas no porto de Santos numa tentativa de manter o preço do café, mais uma "galera" começou a querer se mandar dessa dimensão após verem todos os seus investimentos literalmente se tornarem fumaça com um agradável cheirinho de café brasileiro, sem falar na crise do modelo de crescimento no pós 2ª guerra, dentre outras. Então, chega desse papo furado de que o mundo está pior. Ele está a mesma droga que sempre foi, quem sabe até um pouquinho melhor, mas fica uma dica, sempre ao analisar o que quer que seja, não se deixe levar apenas pelos "fins", qualquer análise racional e coerente jamais deve dispensar os "meios".

Ricardarus Pinaclus Picaretum.


Aos cidadãos de Piracanjuba - GO. 

Reza a lenda que Ricardarus Pinaclus Picaretum é uma mamífero carnivoro da família dos Enganaspovum, trata-se de um animal raríssímo, que segundo a crença popular habita a Prefeitura Municipal de Piracanjuba, é uma espécie arisca e de hábitos peculiares, mais astuto que um camaleão, consegue enganar a todos com suas incriveis técnicas de camuflagem, outra de suas técnicas admiráveis é a de se fingir de morto quando se sente ameaçado, escapando sempre dos predadores, dentre esses predadores, o mais comum é o Povorevoltum, animal esse que se acalma facilmente na presença de festas ou duplas sertanejas, por este motivo, Ricardarus Pinaclus Picaretum, se especializou em antigas técnicas de apaziguamento social romanas, como a produção de festas e shows free, passando a se chamar Ricardarus Pinaclus Picaretum Machiavellicum, mantendo assim o temido Povorevoltum sempre quieto, foi visto pela última vez há cerca de 3 anos por moradores que relatam que este animal possui o dom da fala, na ocasião este veio com muitas profecias e promessas maravilhosas para a cidade de Piracanjuba, motivo pelo qual se deu continuidade as escritas do Novo Testamento.

Segundo a lenda, a volta de ]Ricardarus Pinaclus Picaretum está prevista para 2012, pois nesse ano se dará o alinhamento do Sol com a estrela anã de Saturno, e o fim do calendário Maia, a soma desses dois acontecimentos fará com que coincidentemente no período eleitoral, esse animal ressurja das cinzas como a Fênix, ele trará o número da besta estampado em seu peito (45) número do PSDB caso algum idiota não saiba, na busca de milhares de seguidores.

Você acredita que poderá ser arrebatado por Ricardarus Pinaclus Picaretum na sua próxima campanha ?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SOBRE DESARMAMENTO DA POPULAÇÃO.

Alguns rápidos argumentos contra o desarmamento da população.

É praticamente um clichê, mas um clichê verdadeiro, que em praticamente todos países desenvolvidos as pessoas possuem acesso a armas de fogo registradas e as taxas de criminalidade são mais baixas que no Brasil, claro que, esse argumento por si só não é válido, pois há uma série de elementos culturais e sociais que colaboram com esse menor indíce de criminalidade, começando logo como exemplo principal por  uma educação de qualidade, de qualquer modo é um exemplo de que armas legalizadas nas mãos do cidadão de bem, não possuem outros fins senão a defesa de si, sua família e propriedade, vale lembrar que no Brasil desde o referendo de 2005 em que foi aprovada a Lei do Desarmamento, os índices de criminalidade aumentaram em todas regiões do país. Por um simples motivo: Quem é bandido nunca estará desarmado, enquanto o cidadão está desprotegido e a espera da proteção do Estado, que por sua vez é ineficaz. Outro grande ideal das armas nas mãos da população é que esses possam defender-se não só dos criminosos que venham invadir-lhes as casas para subtrair algo, quem sabe até mesmo a vida, mas também (em casos extremos) defender-se das ações do Estado, afinal, quer coisa mais fácil do que aplicar um golpe de Estado no Brasil? E olha que já tivemos duas fases de ditadura, a de Getúlio com o Estado Novo de 37 e a do Governo Militar com o golpe de 64. Vale ressaltar que armamento dos cidadãos, não quer dizer "distribuir armas" a tudo e a todos, mas sim, possibilitar que o cidadão de bem possua meios para possuir LEGALMENTE e de forma RESPONSÁVEL  em casa uma arma para sua defesa pessoal e familiar. O desarmamento favorece somente bandidos, você nunca verá um bandido desarmado, enquanto o cidadão está desprotegido. O desarmamento só favorece um lado lo jogo, e pode ter certeza, não é o lado em que está o cidadão que trabalha 8 horas por dia. Pense nisso! 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Ilha dos Náufragos – Uma fábula para entender o dinheiro.

Em 2011 fiz este trabalho para estudantes do curso de Ciências Contábeis baseado na fábula "Ilha dos náufragos - uma fábula para entender o dinheiro". Mais precisamente um Estudo de Caso, trabalho este que recebeu nota 9, então acredito que será útil àqueles que necessitarem fazer um trabalho baseado nessa fábula. Boa leitura.

Introdução:

A fábula trata a ideia de um sistema financeiro aplicado à um novo “Estado”, no caso a então denominada “Ilha dos Náufragos”, através de uma parábola entrelaçando o surgimento do dinheiro, dos bancos, da exploração do trabalho e, sobretudo, das mazelas por trás destes. (conteúdo esquerdista detected hehe).
Visando uma melhor compreensão da narrativa lúdica da fábula para uma melhor aplicação ao estudo de caso, me atenho inicialmente à um contraponto entre a fábula e o  real funcionamento do "sistema", explanando um pouco da real história do dinheiro e dos bancos, enfim, dos primórdios do sistema financeiro. 
Na relação econômica, tudo começa após os problemas com o até então utilizado método de “escambo”, ou seja, a troca de um produto por outro “equivalente”, mas que boa parte das vezes não era tão equivalente assim e acabava devido à desproporcionalidade nessa relação, gerando conflitos e ocasionando descontentamento de alguma das partes envolvidas na troca de bens. Observando a necessidade de um meio comum que pudesse facilitar a troca e levando-se em conta que o ouro já era considerado valioso por todos, surgiu a ideia de utilizá-lo como meio de compra, o preço foi estabelecido para o ouro, e assim ficavam mais fáceis as comercializações, criando-se então uma moeda de troca, o homem passa a utilizar o ouro como moeda, visando dessa maneira, solucionar os problemas ocorridos com o método de escambo. Tempos passam, e as pessoas começam a perceber que não é tão seguro assim manter o ouro em posse pessoal, pois da mesma forma que hoje, em tal época também haviam ladrões dispostos a se apossarem de tal ouro. Baseados nessa ideia, para oferecer segurança à essa moeda, surgem aqueles que oferecem um local seguro onde se possa guardar o ouro em troca de uma “pequena” parte deste pelo serviço, uma espécie de taxa, eis que surge ai o primeiro banco da história. As pessoas que depositavam seu ouro no banco recebiam como comprovante de depósito os “I.O.U” (pronunciado em inglês, tais siglas tem a pronúncia semelhante a frase EU DEVO PARA VOCÊ), que eram uma espécie de escritura informal a qual se devia levar ao banco para poder então retirar o ouro lá depositado. As pessoas perceberam que ao invés de retirar o ouro no banco para comprar algum produto, seria mais conveniente entregar o “I.O.U” ao vendedor em troca da mercadoria, para que este em seguida retirasse o ouro no banco, esse método conveniente passou a ser usado em larga escala, tornando-se bastante popular, de tal modo que assim surgia de maneira sútil os primórdios do “papel moeda”. Como bem percebe-se havia uma relação em que o banco tornava-se possessor do ouro e em troca emitida os I.O.U para seus “correntistas”, visando o lucro com as taxas cobradas, situação análoga à fábula, percebida na atuação do banqueiro Martinho para com os náufragos.
Os banqueiros começaram a perceber, que poderiam emitir “I.O.U”s, mesmo sem ter ouro suficiente nas reservas, e assim, cobrar juros daqueles que pegassem essa “moeda” emprestada para pagá-la posteriormente ao banco com os devidos encargos, surgiam então, os primeiros empréstimos bancários. O banco emitia moeda, porém, sem lastro no ouro, dando origem à assim chamada emissão de “moeda podre”, ou seja, uma moeda que teoricamente, não possui valor, lastro na então riqueza que regulava a emissão de moedas, o ouro. Tais emissões de moedas desvinculadas das reservas de ouro  dão inicio à explosão inflacionária, quanto mais moeda há em circulação, menos valorizada ela se torna, logo, demanda de uma quantidade maior de moeda para comprar um mesmo produto. As pessoas ao descobrirem tal farsa (emissão de moeda podre) correm para retirar o seu ouro, porém, como todas fazem isso ao mesmo tempo, não há ouro suficiente para reembolsar à todos. Ocorre ai o primeiro “default” bancário da história, nasce uma ideia tirana, a ideia de transformar papel sem valor em “ouro”, uma amostra das mazelas que os sistemas bancários poderiam/ podem provocar no sistema financeiro mundial.

Aplicação à Empresa. Estudo do caso:

A fábula nos permite um estudo comparativo com relação à elaboração empresarial, em que podemos fazer analogia entre os náufragos e os “imagináveis” dirigentes de uma nova empresa que se iniciam em um mundo novo, um território desconhecido, o mundo das empresas, cada um com suas particularidades e perspectivas com relação ao “novo” e desconhecido mundo dos negócios.
Ao atuarem na nova empresa, todos procuram aplicar suas melhores habilidades, apreciando o território promissor e lucrativo que há pela frente, afinal, toda empresa para manter sua existência, depende de algo essencial: o lucro. Quando esse não existe e passa a ser negativo, denominando-se prejuízo, nenhuma empresa consegue sobreviver, ela perde sua função e sentido de existência.
Fato é, que ao abrir uma nova empresa, várias pessoas se apegam à ideia de uma expansão rápida, explosiva, sem base nem alicerce. Podemos perceber na fábula, que todos os companheiros apesar de se dedicarem ao progresso de sua ilha e conseguirem até mesmo um sucesso inicial, não possuem o devido conhecimento econômico que possa lhes permitir formar um sistema financeiro na ilha dos náufragos e ficam apenas vivenciando as  ideias do quão maravilhoso seria haver uma moeda de troca, em conversas que não produziam resultados e continuavam apenas sendo ideias, somente conseguindo resolver a questão com o chegada na ilha de mais um náufrago, o banqueiro Martinho, que faz o uso de toda sua astúcia de banqueiro para lucrar sobre a ignorância alheia, de modo a gerar dividas “ad eternum”, impagáveis, que visam manter escravos rentáveis para o grande “Mammom”, fazendo com que os náufragos se tornem totalmente dependentes da sua atuação financeira.
Isso é por vezes, o que percebemos no território empresarial, maior parte das empresas se dissolvem em menos de dois anos por falta de conhecimento administrativo, contabilístico e, sobretudo, visão a longo prazo, vislumbrados com as possibilidades de expansão em tempo recorde, os novos empresários, despreparados e ansiosos, acabam seduzidos pelos empréstimos bancários “ofertados” com juros “reduzidos” e altamente financiáveis, que acabam se tornando as correntes da até então, promissora empresa. Os lucros de tal empresa, além de destinados a cobrirem os gastos com manutenção, pagamento de salários, despesas, reservas da empresa, etc, acabam direcionados em boa parte para o pagamento de juros mensais, os quais por mais que sejam pagos, sempre deixam para trás o capital principal, claramente, um ciclo vicioso, que arruína milhares de empresas pelo mundo.
Esse é um dos principais motivos pelo qual muitas pessoas fracassam em suas investidas, a desinformação. A desinformação, denominada de forma mais pejorativa como ignorância é uma inimiga tirana, nos torna escravos dos interesses alheios, dos que possuem esta informação que não possuímos, por esse motivo, por exemplo, existem as empresas de consultoria, estas buscam soluções para os problemas os quais, por falta de informação, não temos a solução e em troca disso recebem um pagamento do qual retiram seus lucros. Já dizia o velho adágio, “informação é poder”. E no caso principalmente de novos empresários, pode significar o poder de se manter no mercado e não servirem apenas de acréscimo às estatísticas de insucesso do SEBRAE.
Percebemos no decorrer da fábula, que os náufragos depois de submetidos ao tirano sistema bancário de Martinho, perdem a alegria de viver, trabalham mais, para pagar mais, e não para lucrar mais, semelhante ao que enfrentam as empresas que se tornam escravas do sistema bancário e dele se tornam dependentes. Percebe-se, porém, que essa história de submissão muda a partir do momento em que um deles – Tomás - descobre na ilha uma versão do primeiro ano de Vers Demain“, um jornal canadense emitido pela “Peregrinos de São Miguel” e que defende o catolicismo e a visão econômica do crédito social. Ou seja, a partir do momento em que a informação econômica começou a circular dentre o grupo, e deixar claro o que era necessário para um funcionamento mais eficaz do sistema financeiro, os náufragos encontraram a força necessária para se livrar das garras do sistema opressor. Eles perceberam que através de uma simples questão de contabilidade poderiam deixar o sistema financeiro de Martinho e adotarem ao “crédito social”, que tornaria mais “humano” e teria como o próprio nome sugere, um fundamento real de ajuda social, uma melhoria da sociedade como um todo.
Eles descobrem também que Martinho na verdade não tinha ouro em seu barril, que é análogo às situações que os bancos fazem, com relação à emissão de moeda sem lastro, moeda podre, disseminando inflação, vendendo dívidas, alimentando um fantasma ganancioso e sem senso de misericórdia, fazendo com que o dinheiro suado de um povo trabalhador passe a valer cada vez menos e paguem cada vez mais pelos mesmos produtos e serviços.
De tudo isso, podemos tirar de base o que é essencial para o bem estar de uma empresa: Informação de qualidade nas áreas contabilísticas, administrativas e econômicas.. De modo a se esquivarem ao máximo dos perigos escondidos atrás das “tão pequenas” taxas de juros oferecidas pelos bancos. Tornando-se verdadeiras empresas rentáveis, que gerem lucros e tornem legítimo o sentido de existência de uma empresa que é o sentido do progresso.
Porém, no mundo real, assim como demonstrado na fábula, a intenção não só dos banqueiros, mas de boa parte do governo, é manter uma sociedade ignorante, aquém de seus direitos e possibilidades, tanto econômicas quanto sociais, afinal, poderíamos até mesmo nos perguntar: Qual o percentual da população sabe o que quer dizer inflação, indexação, entre outros termos econômicos? E como já dito anteriormente, quem não possui informação, se torna escravo, objeto. Enquanto não houver pensamento livre e de busca do conhecimento por parte de empresários, administradores, contabilistas, dentre outros, a tendência é de que o sistema financeiro se torne cada vez mais voraz, sujeitando ao fracasso as novas empresas que surgem todos os dias nas mais diversas facetas e ramos da nossa sociedade.     



“Inflação é a arte de falsificar a moeda por conta  do Estado."
Sofocleto.